Manifesto Comunista: um morto que não para de nascer

Em 21 de fevereiro de 1848, o Manifesto Comunista foi publicado em Londres. Em uma Europa que passava por uma profunda crise econômica, mergulhando milhões de trabalhadores e camponeses na miséria, a classe trabalhadora dava seus primeiros passos na organização e na consciência, abraçando as ideias revolucionárias. As classes dominantes estremeceram com o “espectro do comunismo”. O Manifesto dá voz e corpo ao fantasma, dotando a classe trabalhadora de um programa de enfrentamento ao capitalismo e luta pelo socialismo. Desde então, é um dos textos mais traduzidos e editados da história. E embora possa ter sido considerado morto ou desatualizado mais de uma vez, continua sendo uma ferramenta fundamental para aqueles que, como nós, enfrentamos o capitalismo e lutamos para transformar a realidade.

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Primeiro balanço das eleições catalãs

A ação do regime influenciou na baixa participação. O PSC obteve um triunfo com um sabor amargo. O ERC empatou em locais com o PSC e ficou em primeiro lugar no independentismo, que ganhou uma maioria no Parlamento. JxCat ficou em terceiro lugar. Ciudadanos e o PP desmoronaram. O Vox entrou em cena com 11 deputados. En Comú Podem permanece estagnado e a CUP cresceu. A formação do Governo e a investidura de um novo Presidente estão a frente. Não se deve depositar confiança nos constitucionalistas ou naqueles que defendem os interesses da burguesia catalã.

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O que Joe Biden significa para o Afeganistão e o Oriente Médio

Finalmente, as classes dirigentes americanas se livraram de um dos presidentes mais terríveis da história do país. Donald Trump deixou a Salão Oval no dia 20 de janeiro sem comparecer à cerimônia de posse do novo Presidente Joe Biden. O establishment americano juntamente com sua mídia corporativa mobilizou todo o seu poder para derrubar Donald Trump, que consideravam um “forasteiro”. A mídia corporativa e seus especialistas descreveram o fenômeno Trump como uma aberração temporária de seu sistema “democrático”, que agora corrigiram com sucesso ao entronizar Joe Biden na Casa Branca. Na realidade, este fenômeno é um reflexo da decadência histórica do imperialismo norte-americano e da crise orgânica do capitalismo mundial que está sendo replicada país após país. Donald Trump, através de sua fala imprudente, revelou o rosto horrível do imperialismo americano, que até agora tem estado sob o fino verniz da diplomacia hipócrita. Com a chegada de Joe Biden, o imperialismo estadunidense quer reafirmar sua “liderança global”, embora de forma humana.

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2021: mais um ano de pandemia e crise?

O ano 2020 terminou, mas a pandemia da Covid e a crise econômica e social que o mundo está atravessando não tem fim à vista.
De acordo com números oficiais, já são mais de 103 milhões de infecções no mundo e 2,25 milhões de pessoas morreram da Covid. E embora várias versões da tão esperada vacina tenham sido desenvolvidas, o vírus continua a se disseminar.

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Catalunha: 14F, voto crítico na CUP

Nas eleições regionais catalãs, nós, do Socialismo y Libertad (SOL), chamamos o voto na Candidatura da Unidade Popular contra os partidos constitucionalistas e as deserções dos partidos de independência majoritários. As propostas da CUP contra a subjugação dos direitos democráticos e sociais constituem a única opção eleitoral anticapitalista contra o regime de 1978. Faremos isso de forma crítica pelas contradições que persistem em alguns de seus postulados. Explicamos os motivos do nosso voto.

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Equador: forte repúdio ao neoliberalismo

Com os primeiros resultados eleitorais na irmã República do Equador, podemos ter várias considerações de forma preliminar. Como esperado, Andrés Arauz, o candidato da Unión para la Esperanza e pupilo do ex-presidente Rafael Correa, ficou em primeiro, alcançando quase 33% dos votos confirmados, sem atingir seu objetivo principal que era conseguir a vitória no primeiro round.

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Eleições no Equador: crise, incerteza e mobilização

Em um contexto atípico, no dia 7 de fevereiro os equatorianos irão às urnas em meio a uma forte crise política, econômica e institucional agravada pela pandemia. Os últimos anos na presidência do ex-pupilo de Rafael Correa, Lenín Moreno, foram muito complicados. Ele não apenas teve que lidar com o colapso econômico e social após as revoltas populares no final de 2019, mas também enfrentou a crise de saúde em um dos países mais afetados pelo vírus. O Governo não escondeu sua absoluta ineficiência refletida em imagens como as de Guayaquil, com centenas de mortos abandonados em vias públicas, casas funerárias colapsadas e respostas insuficientes para a grande maioria da população. No final, as medidas exacerbaram o problema econômico. O desemprego disparou e o preço do petróleo despencou.

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