Todo apoio aos aprovados no concurso público de Juazeiro do Norte, Ceará
A Acampados em frente a sede da Prefeitura desde o último dia 08 de Setembro, candidatas e candidatos aprovados no último concurso público de Juazeiro do Norte já experimentam o desprezo com o qual todos os governos municipais tratam população e os servidores públicos da cidade. Debaixo de sol, expostos ao novo coronavírus, além das mais diversas privações e perigos da noite, não pedem nada mais do que diálogo, respeito e seu direito ao emprego.
Em sua grande maioria, os candidatos aprovados são jovens que por anos se dedicam aos estudos para driblar a elevada taxa de desemprego no país e o crescimento do trabalho precarizado. Trata-se de uma geração de trabalhadores muito bem qualificada pra servir a população, que nesse momento se revolta ao ver, de um lado, o descaso do Executivo Municipal e, do outro, a proposta de Reforma Administrativa de Bolsonaro que pode dar fim a tão sonhada e conquistada estabilidade no emprego.
A lentidão da Administração Municipal em relação ao concurso não é novidade dos tempos de pandemia. A gestão resistiu aos prazos definidos por determinação judicial e enfrentou greve de servidores até esse concurso se tornar realidade. A própria homologação do certame foi viabilizada pela luta dos candidatos aprovados. Essa experiência serve de alerta sobre a importância de derrotarmos a Reforma Administrativa de Bolsonaro, derrubando este governo de guerra. Mostra como os gestores preferem manter servidores com vínculos precários, sem os mesmos direitos dos concursados estáveis, mal remunerados e subordinados a vontade do governo, pelo medo da exoneração.
Nós, da Alternativa Socialista, que compomos o PSOL, somos solidários aos futuros servidores municipais que lutam por seus empregos. Exigimos que o Prefeito Arnon Bezerra apresente, o mais rápido possível, um calendário de convocações. Da mesma forma, convidamos os aprovados no concurso, assim como os servidores já efetivados, para a luta contra a Reforma Administrativa de Bolsonaro e pela suspensão dos dispositivos da Lei Complementar n° 173/2020, que impõem contenção de despesas nos serviços públicos dos estados e municípios como contrapartida para o socorro emergencial da União no combate ao novo coronavírus.