Por uma UEE-RN antifascista, democrática e independente!

Quem somos?

É tempo de ousadia. Somos estudantes, trabalhadores, negros, LGBTs, feministas, ecossocialistas e revolucionários organizados na Juventude da Alternativa Socialista, corrente do PSOL e seção brasileira da Liga Internacional Socialista (LIS). Somos parte de uma organização que acredita que vale a pena lutar por uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade. Somos os filhos de junho de 2013, das revoltas populares e das ocupações de escolas. Somos rebeldes contra este sistema.

Como estudantes potiguares, espalhados pelas universidades e institutos do Rio Grande do Norte, queremos uma UEE ativa, combativa e presente nas lutas. Nas urnas, derrotamos Bolsonaro e seu projeto de morte, mas não paramos por aí. É preciso seguir lutando contra o projeto bolsonarista de desmonte da educação e de retirada de direitos, que segue viva na Assembleia Legislativa e na Câmara.

Em 2023, também nos reserva outro desafio: ser ponta de lança contra o projeto de alianças com a direita de Lula/PT. Hoje, o petista reensaia um governo com velhos nomes do neoliberalismo. Seu vice, Geraldo Alckmin, é o pai do Massacre do Pinheirinho; é também o responsável pelo projeto de “reordenamento” de escolas, que deu origem à Primavera Secundarista de 2015. Uma educação livre e emancipatória, como propõe Paulo Freire, não é possível com cortes e falta de investimentos, resultado, por exemplo, do Teto de Gastos.

A UEE hoje?

A UEE/RN apesar de ser uma entidade grande pouco se mobilizou nos protestos de 2021 que clamavam pelo “Fora Bolsonaro”. A majoritária da entidade dirigida pela as juventudes do PT e PCdoB preferiram a tática de desmobilizar para esperar pelas eleições.

Durante os últimos meses, a UEE-RN esteve à reboque do calendário eleitoral, esperando que tudo se acalmasse a partir das eleições. Reconhecemos o poder do voto (e defendemos o Lula 13 no 2º turno contra o fascista Bolsonaro!), mas queremos virar a mesa do poder! A luta por assistência estudantil, verbas para a educação e cultura para a nossa juventude não pode ser secundarizada por campanhas eleitorais burguesas, que nada alteram o estado miserável do sistema capitalista.

Nesse sentido é uma entidade que está sendo pouco representativa dos estudantes em geral, já que não se soma as lutas mais urgentes da classe. Tem uma falha evidente de representação do ME.

E, assim a oposição de esquerda no ME cresce justamente nesse vácuo de representações de entidades como a UEE, que estão aparelhadas por burocracias pouco combativas e que se sustentam não por proximidade com a base dos estudantes e suas lutas, mas sim por peso dos aparatos dos partidos nas eleições chaves do ME.

Atualmente, também, a UEE vive uma apatia: sua própria sede, localizada na Av. Rio Branco – uma das principais vias de Natal – está às moscas. Não organiza formações, não acolhe estudantes, não prepara reuniões organizativas. A que serve uma entidade, dirigida majoritariamente pelas juventudes do PT e PCdoB, se não é protagonista das revoltas do povo pobre e oprimido, que precisa ter o direito de estudar e sobreviver?

Para o governo que vai entrar a partir de 2023, as majoritárias das entidades estudantis que tiveram relações orgânicas com o governo a nível nacional e estadual vão fazer recuar o movimento estudantil. Basta olharmos a exemplo como conduziram o DCE UERN este ano, dirigido pelo Kizomba-PT, que não queria realizar o enterro do semestre porque seus membros estavam envolvidos em meio a campanha da sua candidata. Só realizaram o tradicional evento , após pressão dos estudantes da base, inconformados com o método baixo de virar as costas para o lazer. Esse é o mesmo grupo que atualmente conduz a UEE.

Por isso a necessidade de disputarmos a UEE e colocarmos ela a serviço dos estudantes que se organizam e aprovam uma política combativa e de oposição a esquerda, com total autonomia dos governos petistas, seja o de Fátima Bezerra ou de Lula.

A UEE QUE DEFENDEMOS E QUEREMOS CONSTRUIR!

  • Queremos uma UEE independente de governos e de patrões, à serviço da juventude que quer arrancar alegria ao futuro, que faça disputas sem titubear para defender os estudantes e as universidades.
  • Defendemos uma UEE democrática, com participação dos estudantes por meio de assembleias e plenárias regulares. Ativando o movimento estudantil para debater os direitos de uma educação pública livre e emancipatória, e decidir em conjunto as ações para defender e garantir esses direitos.
  • Defendemos uma UEE antifascista, com representatividade feminista, diversa, LGBTQI+, antirracista e de todos os povos. Para que todos tenham voz e possamos acompanhar suas lutas. E compreendemos que o bolsonarismo ainda não foi derrotado, mas que as entidades estudantis devem organizar o ME para derrotar de vez o fascismo nas universidades e nas ruas.
  • Queremos uma UEE para a classe trabalhadora e o movimento popular. Pelo fim de toda restrição no ingresso com o ENEM ou o Vestibular!
  • Queremos uma UEE que defende que o movimento estudantil está intimamente ligado às lutas para além dos muros das universidades, com disposição para conformar todas as lutas da classe trabalhadora, tendo em vista que grande maioria dos estudantes também são trabalhadores.

Junte-se a nós para construir uma UEE antifascista, democrática e independente!