Manifesto de entidades sindicais do Ceará contra o retorno às aulas presenciais
Compartilhamos uma declaração de diferentes entidades sindicais que representam à categoría dos professores e das prfessoras em Ceará. O documento surge do debate que ocorreu na última sexta-feira, em uma plenária convocada para coordenar entre as diferentes entidades, a resposta à política criminal de retorno às aulas que o Governador Camilo Santana (PT) pretende realizar.
Segue o texto:
No início da noite do último dia 28, sexta-feira, professores e entidades sindicais cearenses se reuniram em uma plenária virtual para debater o ensino remoto e a possibilidade de reabertura das escolas no cenário de pandemia.
Na ocasião, os sindicalistas presentes expressaram preocupações com o anúncio feito pelo Governador do Estado, Camilo Santana (PT), que liberou as aulas presenciais no ensino infantil da rede privada em Fortaleza e municípios da Macrorregião da capital. Os professores entenderam que esse gesto, negligente com a saúde pública, tende a ser reproduzido nos municípios do interior, se estendendo para outras modalidades de ensino, e corresponde unicamente às pressões de setores da economia preocupados com seus lucros.
De forma unânime, os professores pontuaram a incapacidade da rede pública, incluindo muitas escolas particulares de menor porte, seguir os protocolos de retorno. “A comunidade escolar vai servir de cobaia pra uma experiência que já é desastrosa no mundo inteiro”, afirmou um dos participantes. “Cenário favorável pra retorno só com vacina e imunização da população”, comentou outro.
Ao final, as organizações sindicais presentes encaminharam algumas iniciativas:
1. Ato/carreata em frente a CREDE 19, podendo seguir até a Seduc/Juazeiro do Norte, “em defesa da vida: escolas fechadas”!;
2. Ida à imprensa como forma de abrir o debate com a opinião pública;
3. Desenvolver uma campanha virtual e com outdoor’s;
4. Apresentar uma carta pública dirigida ao Governador e população cearense;
5. Apresentar um chamado público às Centrais Sindicais e CNTE, para que se construa uma “Jornada Nacional de Lutas Contra a Reabertura das Escolas na Pandemia”;
6. Divulgar uma moção de solidariedade com a greve dos trabalhadores dos Correios.
Além de professores e representação de alunos, estiveram presentes:
APEOC, SISEMJUN, CSP-Conlutas, INTERSINDICAL e SINDSMCAR