EUA versus China: uma nova “guerra fria”

Em 19 de março, as delegações diplomáticas dos EUA e da China, lideradas por altos funcionários de ambos os países, direcionaram duras críticas às políticas uns dos outros durante a primeira reunião de autoridades estadunidenses e chinesas desde que Joe Biden chegou ao poder. As autoridades estadunidenses, como de costume, levantaram questões sobre Hong Kong, Taiwan, Xinjiang e a “coerção econômica” de seus aliados com a China. Acusaram a China de ameaçar as regras da ordem mundial. Por sua vez, a China acusou os EUA de usarem sua “força militar e hegemonia financeira para exercer larga jurisdição e reprimir outros países”. A China chamou os Estados Unidos de hipócritas nos direitos humanos e os criticou pelos maus-tratos que infligem aos negros. Todas essas duras discussões estavam sendo transmitidas pela mídia.

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Finalmente, as classes dirigentes americanas se livraram de um dos presidentes mais terríveis da história do país. Donald Trump deixou a Salão Oval no dia 20 de janeiro sem comparecer à cerimônia de posse do novo Presidente Joe Biden. O establishment americano juntamente com sua mídia corporativa mobilizou todo o seu poder para derrubar Donald Trump, que consideravam um “forasteiro”. A mídia corporativa e seus especialistas descreveram o fenômeno Trump como uma aberração temporária de seu sistema “democrático”, que agora corrigiram com sucesso ao entronizar Joe Biden na Casa Branca. Na realidade, este fenômeno é um reflexo da decadência histórica do imperialismo norte-americano e da crise orgânica do capitalismo mundial que está sendo replicada país após país. Donald Trump, através de sua fala imprudente, revelou o rosto horrível do imperialismo americano, que até agora tem estado sob o fino verniz da diplomacia hipócrita. Com a chegada de Joe Biden, o imperialismo estadunidense quer reafirmar sua “liderança global”, embora de forma humana.

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