Invasão Russa à Ucrânia: Atilio Borón e o campismo canalha

Desde 27 de janeiro, o sociólogo argentino Atilio Borón, atual teórico do Partido Comunista Argentino, integrante da Frente de Todos, escreveu quatro artigos sobre a crise causada pela ameaça e invasão da Ucrânia pela Rússia. Em todos se colocou, sem hesitação, do lado russo na “tragédia” da Ucrânia

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Afeganistão: destinada à miséria?

Os estrategistas mais sérios do imperialismo estadunidense entenderam que uma vitória militar no Afeganistão está descartada. Ao mesmo tempo, Rússia, Índia, China e outras potências estão manobrando para tirar vantagens da situação. Tudo isso é resultado da derrota reacionária da Revolução de Saur de 1978. Mas, a memória desse período está voltando entre os trabalhadores e a juventude, que buscam uma alternativa tanto aos fundamentalistas reacionários quanto ao atual regime. Compartilhamos um importante artigo sobre a Revolução de Saur do Afeganistão em 1978, originalmente escrito em 2010 pelo camarada Lal Khan, que fornece um relato detalhado de eventos nunca mencionados pela mídia corporativa.

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A queda de Cabul: aonde vai o Afeganistão?

A fuga do presidente afegão Ashraf Ghani sem resistência e a tomada de Cabul pelo Talibã sem disparar um tiro sequer fecharam os 20 anos de um capítulo cruel na história do Afeganistão e abriram um novo capítulo cheio de incertezas, confusões e possibilidades. Este novo capítulo começa com a retirada das forças imperialistas dos EUA e a entrada do Talibã em Cabul. Esta retirada é uma demonstração clara do fracasso da ordem político-econômica capitalista global e de suas políticas neoliberais. Ao invadir o Afeganistão em 2001, o imperialismo dos EUA havia definido objetivos estratégicos explícitos e implícitos. Aparentemente, planejaram derrotar a Al-Qaeda e levar Bin Laden à justiça. Ironicamente, os EUA atiraram e mataram Bin Laden desarmado e doente, no final de 2011, para impedi-lo de revelar seus laços estreitos com os próprios imperialistas. [Continua…]

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Afeganistão: o país das tragédias sem fim

Imagine que você seja um jovem, pouco mais de 30 anos, formado em universidade. Com seu diploma universitário, por cerca de cinco anos você bateu de porta em porta nas instituições governamentais e empresas privadas na esperança de encontrar um emprego, mas sempre recebendo um não. Sem outra opção, com muito esforço você compra um carrinho de mão e passa a vender frutas e verduras. No entanto, seus ganhos diários não passam de 10 a 50 Afeganes. Você tem dois filhos e esposa para alimentar e um pequeno pedaço de pão custa 10 Afeganes. Além disso, nem sempre é possível ganhar essa quantia de dinheiro todos os dias. Como estamos numa pandemia, a maioria das instituições estatais estão fechadas, empresas privadas faliram e os salários dos trabalhadores não são pagos. Milhões de pessoas estão desempregadas sem conseguir atender as necessidades, sem falar que há períodos que você não pode vender frutas e vegetais, não ganhando sequer o pouco dinheiro mencionado. Além de tudo isso, circulam rumores de que o Talibã, um vírus pior que a Covid-19, já está na entrada da cidade.

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Estados Unidos: Derek Chauvin culpado

Após o julgamento que durou três semanas, com pouco mais de dez horas de deliberação, o júri declarou que Derek Chauvin, o policial que assassinou George Floyd, é culpado das acusações de homicídio em segundo grau, homicídio em terceiro grau e homicídio culposo em segundo grau, resultando em penas de até 40, 25 e 10 anos, respectivamente. A audiência da sentença está marcada para 8 semanas. Este veredicto é um triunfo da rebelião histórica que mobilizou milhões em 2020 e cuja força voltou a ser sentida nas ruas nas últimas semanas.

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EUA versus China: uma nova “guerra fria”

Em 19 de março, as delegações diplomáticas dos EUA e da China, lideradas por altos funcionários de ambos os países, direcionaram duras críticas às políticas uns dos outros durante a primeira reunião de autoridades estadunidenses e chinesas desde que Joe Biden chegou ao poder. As autoridades estadunidenses, como de costume, levantaram questões sobre Hong Kong, Taiwan, Xinjiang e a “coerção econômica” de seus aliados com a China. Acusaram a China de ameaçar as regras da ordem mundial. Por sua vez, a China acusou os EUA de usarem sua “força militar e hegemonia financeira para exercer larga jurisdição e reprimir outros países”. A China chamou os Estados Unidos de hipócritas nos direitos humanos e os criticou pelos maus-tratos que infligem aos negros. Todas essas duras discussões estavam sendo transmitidas pela mídia.

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O que Joe Biden significa para o Afeganistão e o Oriente Médio

Finalmente, as classes dirigentes americanas se livraram de um dos presidentes mais terríveis da história do país. Donald Trump deixou a Salão Oval no dia 20 de janeiro sem comparecer à cerimônia de posse do novo Presidente Joe Biden. O establishment americano juntamente com sua mídia corporativa mobilizou todo o seu poder para derrubar Donald Trump, que consideravam um “forasteiro”. A mídia corporativa e seus especialistas descreveram o fenômeno Trump como uma aberração temporária de seu sistema “democrático”, que agora corrigiram com sucesso ao entronizar Joe Biden na Casa Branca. Na realidade, este fenômeno é um reflexo da decadência histórica do imperialismo norte-americano e da crise orgânica do capitalismo mundial que está sendo replicada país após país. Donald Trump, através de sua fala imprudente, revelou o rosto horrível do imperialismo americano, que até agora tem estado sob o fino verniz da diplomacia hipócrita. Com a chegada de Joe Biden, o imperialismo estadunidense quer reafirmar sua “liderança global”, embora de forma humana.

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Biden assume a presidência dos Estados Unidos: análise e perspectivas

A cerimônia de mudança de comando ocorreu numa cidade preparada para uma zona de guerra. Postos de controle, portões e tropas superiores a presença militar no Afeganistão e no Iraque juntos. A pandemia também adicionou a imagem uma audiência reduzida e substituída por bandeiras e cenários. Trump não participou da cerimônia e deixou a Casa Branca nas primeiras horas da manhã. Um acontecimento que condensa as contradições do momento político.

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EUA: notas rápidas sobre o putsch de Trump

1. O que aconteceu: Trump incitou uma multidão de bandidos fascistas e de direita para saquearem o edifício do Capitólio em DC. Isto foi planejado há várias semanas. O protesto atraiu milhares, se não mais de dez mil, e foi coordenado com ações em várias capitais do país, com participantes variando de algumas dezenas a centenas. Isto marca o surgimento de uma nova direita fascista no país.

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Caos no Capitólio: crise, polarização e cenas do que está por vir

A sessão conjunta do Congresso para contar os votos do Colégio Eleitoral foi interrompida quando uma mobilização de partidários de Trump invadiu o Capitólio. As cenas de caos refletem o desdobramento da profunda crise política. Após a derrota em novembro, Trump insistiu em ignorar o resultado, apesar do fracasso repetido de suas tentativas de reverter a situação. Isso aprofundou a crise do Partido Republicano e do regime. Enquanto isso, na Geórgia, a vitória do Partido Democrata no segundo turno das eleições para o Senado parece se confirmar, fato que daria a esse partido o controle da Câmara.

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