Majoritária do PSOL SP se apropria do fundo partidário para garantir a Eleição de Boulos, Juliano, Rillo e seus apadrinhados!

Mais uma vez na história do PSOL no estado de São Paulo o setor Majoritário (Guilherme Boulos, Juliano Medeiros e João Paulo Rillo – Primavera Socialista e PSOL Semente). Estão usando sua pequena maioria na executiva estadual do PSOL para aprovar uma divisão absurda dos recursos financeiros que prioriza exclusivamente suas candidaturas e de correntes aliadas que fecham politicamente com o seu projeto de conciliação de classes. Em contrapartida os demais candidatos receberão um valor irrisório. Não existe um critério justo e equilibrado: candidatos aliad@s das correntes majoritárias que estão disputando pela primeira vez o processo eleitoral irão receber mais de 100 mil reais, enquanto outr@s, incluindo uma codeputada estadual, que sempre disputaram e com boa votação, inclusive mulheres, negr@s, LGBTQIA+ a proposta é receber entre 5 a 20 mil reais.

Existe um desequilíbrio abismal entre os deputados federais em campanha pela reeleição, Guilherme Boulos (Revolução Solidária) que receberão R$ 1.400.000,00 (Um milhão e quatrocentos mil reais cada um), e os deputados estaduais em reeleição em torno de R$670.000,00 (Seiscentos e setenta mil reais). O presidente nacional do PSOL da Primavera Socialista, que nunca foi candidato e será suplente de Marcio França-PSB ao Senado, receberá 200 mil reais, sem nenhuma necessidade, já que a campanha é do titular e não do suplente. Um partido socialista deve ser coerente e consequente com seu discurso em sua prática cotidiana. Nossas candidaturas entendem que existem dúvidas, questionamentos e insatisfação diante da disparidade na divisão do Fundo eleitoral do PSOL e falta de transparência da direção majoritária.

Infelizmente as Pretas, os Pretos, as candidaturas LGBTIQIA+, deficientes que não fazem parte do setor majoritário (Primavera Socialista e PSOL Semente) não terão nem o mínimo de recurso para a campanha. De 70 de candidaturas a deputad@ estadual, são 20 com verba de 5 mil reais, 19 com valor inferior a 20mil, 2 com verba não declarada e 10 com verbas acima de 100 mil. De 39 inscrições para deputado federal, são 15 com verba de 5 mil, 21 entre 100 e 500 mil e 3 receberão por volta de 1 milhão. O PSOL em tese e em discurso é o partido que mais defende o espaço, voz e visibilidade para esses setores, mas na realidade o discurso está muito distante da prática da direção majoritária.

Nós, Militantes, Filiad@s, dirigentes e ativistas sindicais, sociais, organizados no PSOL, devemos cobrar, questionar e nos organizar para garantir que o Fundo eleitoral seja distribuído de forma justa e equilibrada, alcançando a tod@s que constroem o PSOL nos mais diversos setores: Indígenas, Negros, mulheres, LGBTIQIA+, movimento sindical, movimentos sociais, pessoas com deficiência.

Nós da Esquerda Radical do PSOL além da solidariedade, nos dispomos a lutar para que o discurso seja ação cotidiana. Não aceitaremos que uma direção burocrática se aproprie de um fundo que é de todo o partido. Nem seremos coniventes com a destinação quase exclusiva do Fundo eleitoral para bancar a campanha de homens brancos.

É lamentável termos que desperdiçar energias para garantir um direito usurpado pela direção majoritária do PSOL, ao invés de estarmos com todas as nossas forças nas ruas combatendo Bolsonaro e todos os governos que retiram direitos da classe trabalhadora e do povo pobre e periférico.

Com esse posicionamento autoritário e desrespeitoso da executiva com os candidat@s do partido, candidaturas representativas de regiões, territórios e categorias de trabalhadores e servidores pretendem se retirar da disputa e apoio ao partido.

Por isso apelamos à direção do PSOL para que reveja essa situação e garanta a tod@s as candidaturas inscritas o direito real à disputa eleitoral, além de garantir transparência e democracia interna no Partido.

Assinam:
Profª Suzete Unidas na luta
Flavio Casimiro
Cátia Machado
Paula Aparecida
Valdomiro do Fórum
Professor Juca